Essa eu copiei da coluna do Marcelo Adnet no O GLOBO. Vale a pena ir lá para ver ela inteirinha. Acesse AQUI.
Mas o que eu quero compartilhar é o engraçadíssimo texto abaixo.
Crônica sonhada, de 2014
Ando sonhando com a Copa de 2014 e decidi repartir o sonho com vocês. Pode parecer absurdo, mas… Hans e Fritz, alemães empolgados com o sucesso de sua seleção na primeira fase da Copa, em Manaus, se preparam para ir ver seu time no Rio de Janeiro, nas oitavas. Saem do hotel , vão ao aeroporto e se deparam com “um pequeno atraso”. Hooligans ingleses revoltados com a derrota em Porto Alegre tiveram que ser contidos pela PF e o avião ainda está no Sul.
Depois de esperar por horas e entrar numa fila imensa pra comprar um risole e um café por 10 reais e conversar com brasileiros empolgados com o tal Val Baiano, eles se juntam a um grupo de japoneses que fazem filmes em HD num aparelho que eu nunca vi na vida. Horas depois pousam no Galeão. Apesar do estresse, Hans e Fritz riram do comissário falando inglês. No Rio, aeroporto lotado. Muita gente oferecendo “tiket for the oitavas!”, “tour in the forest!”, “Hot Copacabana girls”, “taxi!”, “camiseta calabocagalvão 2!” etc.
O taxista pegou um atalho estranho e demorou pra chegar a Copacabana, mas, pelo menos, no caminho entre o Galeão e o hotel, eles conheceram Búzios. Depois de pagar os 390 reais da corrida, descobrem que o check in deu overbook e o atendente Kleysson “is veri sorry, sãr”, os hotéis estavam todos lotados. Então, depois de 24 horas sem dormir e com apenas um risole, um café e duas barrinhas de cereal do voo na barriga, a noite caía no Rio.
Sem escolha, foram pro único lugar que tinha vagas disponíveis – uma vila, chamada Mimosa. Chegando lá, eles se assustaram, mas até se divertiram depois de muitas cervejas. Na manhã seguinte, após a farra, as malas haviam sumido e tinha um homem dormindo ao lado de Fritz. Para chegar ao Consulado da Alemanha, no Centro, via Petrópolis, pagaram “apenas” 200 reais da corrida com um motorista que os alertou sobre o perigo de serem enganados e que disse ser da cidade do artilheiro Val Baiano, que fez quatro dos oito gols do Brasil no 8 a 1 sobre a seleção de Kosovo, no Mineirão. Na Embaixada, um segurança nada alemão disse que a embaixada “was close bicós evribodi was in the Cidade da Música tu sí de gueime”. Com os reais que sobraram, exaustos, foram ver o jogo num boteco, comendo ovo colorido. E lá, absortos pela Lapa, conheceram Kleisuelen e Keyla Cristiane, que iriam se tornar as mulheres de suas vidas.
Conclusão – ainda bem que eu não sou alemão!
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